A Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (Seduc) está sendo acusada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero) de perseguir servidores do quadro efetivo que participam da greve estadual. Segundo a direção sindical, direções de escolas de Espigão do Oeste, a mando da Seduc, emitiram uma carta à comunidade escolar desmerecendo o trabalho dos grevistas e exaltando o empenho de professores temporários.
De acordo com declarações apuradas pelo Sintero, a ação faz parte de uma estratégia de boicote e desmobilização do movimento, supostamente determinada pela secretária estadual de Educação, Ana Pacini, que representa o governador Marcos Rocha. O documento afirma que as aulas seguem normalmente nas escolas da rede pública, o que, segundo o sindicato, tem como objetivo induzir pais e alunos a acreditarem que a greve não tem impacto, colocando a comunidade contra os trabalhadores que reivindicam seus direitos.
O Sintero lembra que a paralisação segue forte em todo o estado e será mantida por tempo indeterminado. Para o diretor da Regional Apidiá, Sandro Garcia, a tentativa de enfraquecer o movimento não terá efeito. “Esse documento que está circulando não vai esvaziar a mobilização nem desmerecer o trabalho dos profissionais que estão na luta. Nossa pauta é legítima e a categoria segue unida”, afirmou.
A greve da educação em Rondônia foi deflagrada após várias rodadas de negociação frustradas com o governo, e os trabalhadores cobram valorização profissional, melhorias salariais e melhores condições de trabalho.
