A greve dos trabalhadores em educação de Rondônia permanece legal e ainda mais fortalecida, apesar dos ataques e das campanhas de fake news que tentam desmobilizar o movimento e enfraquecer a liderança do Sintero, presidido pela professora Dioneida Castoldi.
Nos últimos dias, narrativas de divisionismo na entidade e de suposta agressividade nas manifestações, como a ocupação ocorrida no CPA — que foi duramente reprimida pela polícia —, têm sido usadas para tentar criminalizar o movimento. Após a repressão, a polícia chegou a montar um grande aparato de segurança no dia seguinte, em clara tentativa de intimidação aos trabalhadores.
Na manhã desta sexta-feira (22), o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) suspendeu, até a próxima terça-feira (26), os efeitos da decisão anterior que havia declarado ilegal a greve e retirado a legitimidade do Sintero para representar professores e técnicos da rede estadual. A medida foi concedida pelo desembargador Adolfo Theodoro Naujorks Neto, durante audiência que contou com representantes do sindicato, do Governo e do Ministério Público.
O magistrado acatou os argumentos apresentados pelo advogado do Sintero, Hélio Vieira. A decisão garante, por ora, a continuidade da mobilização.
Na próxima terça-feira (26), o caso volta a ser analisado em nova audiência, desta vez no tribunal pleno do TJRO. A expectativa é de que o encontro sirva para avançar nas tratativas entre o sindicato e o poder público, em busca de uma solução para o impasse que já afeta milhares de trabalhadores e estudantes em todo o Estado.