O vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves (União Brasil), vem enfrentando um crescente isolamento político dentro da gestão do governador Marcos Rocha. Apesar disso, Gonçalves tem se consolidado como um nome cada vez mais forte na disputa pelo Governo do Estado em 2026, especialmente após a calorosa recepção recebida durante sua visita ao município de Vilhena, nesta terça-feira (7).
Na cidade, o vice-governador foi recebido pelo prefeito Delegado Flori, pelo vice-prefeito Aparecido Donadoni, e por um grupo de vereadores que o acolheu na Câmara Municipal. Durante a reunião, lideranças locais não pouparam críticas à gestão de Marcos Rocha, apontando a falta de políticas públicas nas áreas de segurança, saúde, infraestrutura e educação.
Tanto o prefeito quanto os vereadores reforçaram que o governo estadual tem sido omisso com os municípios do Cone Sul, cobrando mais presença e investimentos diretos da administração em Vilhena e região.
Além das críticas vindas do meio político, Sérgio Gonçalves também ouviu queixas do setor empresarial e de produtores rurais, que reclamaram da ausência de diálogo e da falta de ações concretas do atual governo para impulsionar o desenvolvimento regional.
Durante entrevistas à imprensa local, o vice-governador reconheceu o seu isolamento político dentro da atual gestão, mas afirmou que isso deverá mudar a partir de abril de 2026, quando assumirá o comando do Estado. “Faremos os ajustes que a sociedade clama. O povo quer presença, diálogo e ação. Quero sair do CPA e ouvir de perto as reivindicações da comunidade”, declarou Sérgio Gonçalves.
Enquanto Marcos Rocha articula sua pré-candidatura ao Senado Federal em 2026, Sérgio Gonçalves amplia sua presença no interior e fortalece alianças com lideranças regionais, posicionando-se como um pré-candidato viável e com apoio crescente entre prefeitos, vereadores e representantes de diversos segmentos produtivos do Estado.
Nos bastidores, comenta-se que o distanciamento dentro do governo tem lhe dado liberdade para construir um projeto político próprio, baseado no diálogo e na aproximação com as bases — uma estratégia que, segundo analistas, pode ser decisiva na disputa sucessória de 2026.
